Evitando Erros de Reforma
09/02/2017 | Danilo Flausino
Quando falamos em reforma, muitos pensam nos problemas que ela pode trazer, principalmente se tratando de tempo, dinheiro e sujeira. Porém, na fase de talvez economizar e conseguir acelerar todo processo, alguns cuidados não são tomados e surgem muitas das vezes erros que podem acarretar até mesmo no sinistro total da obra. Pensando em auxiliar você a evitar qualquer problema, preparamos um guia listando os 10 erros mais comuns e frequentes.
1. Projetos Imaginários
É isso mesmo que você está pensando! Muitas das reformas não existem sequer um projeto elaborado. O proprietário como forma de economia, chama somente um grupo de profissionais para a realização da obra e não se preocupa também nem com orçamento e muito menos com planejamento, confiando na palavra do prestador de serviços. A importância destes itens elaborados interferem nas principais preocupações que o proprietário tem: dinheiro, tempo e conforto. Se não há projeto, não é possível ter um orçamento detalhado e muito menos um cronograma para acompanhamento de conclusão de todas as etapas da obra.
2. Elementos da estrutura danificados
A modificação do ambiente muitas das vezes é acompanhado de uma parte elétrica, hidráulica ou até mesmo uma decoração nova que de repente solicita uma perfuração. As perfurações feitas de forma errada podem ser tão prejudiciais como a própria remoção de uma viga ou pilar (para saber mais sobre o que é uma viga e pilar, leia nosso post anterior) e trazem riscos que podem levar a obra a ruína total.
3. Acréscimos de cargas extras em lajes e sacadas
Muitos profissionais ao prestar o serviço para economizar tempo e trabalho de carregar materiais para um andar superior, utilizam de marquises e sacadas como depósito. Outras situações também comuns são cargas extras ocasionadas por vasos, revestimentos em pedra, fechamentos por vidros, jardineiras, banheiras, ofurôs, troca de caixa d’água por outra com maior capacidade e etc.
4. Materiais inadequados
É muito comum a indicação de materiais “genéricos” de alguns profissionais, porém sem a mesma eficácia que o adequado apresentaria. Exemplos: Pisos escorregadios em locais de trânsito intenso de pedestres, revestimentos e pisos expostos a intempéries sem o tratamento necessário. Estas situações além de comprometerem a segurança do proprietário e de sua família, a durabilidade da reforma reduz exponencialmente.
5. Remoção de paredes sem análise técnica
Se tratando de reforma, a intenção sempre é melhorar o ambiente deixando ele mais aconchegante e espaçoso, o que podem ocorrer modificações internas como a remoção de paredes, o que necessita de extrema atenção. Se a parede for uma alvenaria estrutural, a remoção pode desencadear erros graves na estrutura o que afeta a segurança do proprietário e dos vizinhos no entorno. Neste caso, modificações ou remoções, não são aconselhadas! Alvenaria estrutural tem a função de distribuir cargas e dar suporte a estrutura e não servir apenas de divisória de cômodos. Se a parede não for alvenaria estrutural, é aconselhado o acompanhamento de um engenheiro civil para uma análise técnica precisa de como ou quando fazer a remoção.
6. Acréscimo de pavimentos
Popularmente conhecido como “puxadinho”, esta prática é muito comum no dia-a-dia. O aumento de um andar em uma edificação já existente, depende de uma análise técnica precisa em cima do projeto de fundações, tipo de solo e projeto estrutural da obra para analisar se já era previsto o aumento ou se há a necessidade de um reforço na fundação e/ou estrutural.
7. Impermeabilização precária ou inexistente
A falta de impermeabilização necessária e adequada, pode trazer sérios riscos a edificação, desde estéticos e até mesmo estruturais. Os principais problemas aparecem na deficiência de impermeabilização nos baldrames, lajes, reformas na parte hidráulica, substituição de pisos ou azulejos e etc.
8. Proprietário leigo
Muitos profissionais agem de má fé com proprietários leigos no assunto e acabam prejudicando todo o andamento da reforma. A falta de comunicação entre proprietário e profissional nestes casos são comuns e a importância de uma fiscalização frequente e rigorosa para garantir o resultado esperado, é necessária. Muitos erros são cometidos por falta de fiscalização como a impermeabilização, citada acima, e caídas de água inexistentes onde seriam ideais. A dica para evitar esta situação é contar com um engenheiro ou arquiteto, que será o responsável pelo controle total da obra.
9. Ausência de contrato
A confiança de vários proprietários em profissionais, por serviços já prestados em locais que é de conhecimento do mesmo podem acarretar na não formulação de contratos o que é um erro enorme. Por mais que haja uma qualidade comprovada do profissional, o contrato é fundamental e traz uma garantia ao proprietário quanto a execução, aos direitos e deveres de ambos e o cronograma com prazos de entrega e datas de pagamento.
10. Profissional incapacitado
Antes de mais nada, é extremamente necessário escolher profissionais adequados e totalmente capacitados para a execução da reforma. Verifique sempre se os profissionais de Engenharia e/ou Arquitetura possuem registro nos respectivos conselhos e se os profissionais de mão-de-obra possuem experiência comprovada. Outro detalhe importante é ter a oportunidade de visitar locais onde os serviços foram prestados e se houver a oportunidade, uma pesquisa de satisfação com o proprietário do local.
A partir destas dicas, espero ter auxiliado você a ficar por dentro e evitar que estes erros ocorram em sua residência. Até a próxima!
Danilo Flausino
Reform